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Como definir o Pró-Labore do sócio

Montando um negócio e não sabe como definir o seu pró-labore, ou de seu sócio? A gente te ajuda! Separamos, neste artigo, um passo a passo a fim de ajudar você, empreendedor, a saber quais pontos são mais importantes nessa tarefa. Confira!

Quando o assunto é mercado de trabalho, empreendedorismo e abertura de um novo negócio, as pessoas costumam acreditar que não ter um salário definido ou não realizar retiradas mensais ajudam o seu negócio.

No entanto, essa é uma ideia falha e equivocada. Isso porque se você está dedicando o seu tempo e energia em um novo empreendimento, necessariamente é preciso que ele seja o seu ganha pão e logo possa pagar pelos seus serviços.

Certamente, no início é absolutamente normal que o “salário” ou pró-labore do sócio não seja uma grande quantia, ou ainda que não se faça retiradas. Ainda assim, com o passar do tempo espera-se que essa realidade mude e sua empresa se consolide no mercado trazendo lucros.

O que é o pró-labore?

O pró-labore nada mais do que o “salário” dos sócios e/ou administradores da empresa. A expressão é proveniente do latim e significa “pelo trabalho”. Por isso, de acordo com a Legislação Brasileira é obrigatório que os administradores recebam o seu pró-labore pelos serviços prestados à empresa.

Basicamente, existem várias maneiras de retirar dinheiro de uma empresa. As mais conhecidas são  através do pró-labore (pagamento pelos serviços realizados), ou pela divisão de lucros do negócio.

Na divisão de lucros, é esperado que os administradores da empresa possam fazer retiradas de dinheiro somente depois de pagas todas as despesas e depois de determinar, pelo menos, 3 destinações diferentes a esse dinheiro. Trataremos dessas destinações a seguir.

Porque definir um pró-labore para o sócio

Antes de qualquer motivo que possa ser exposto posteriormente, é válido lembrar que o pró-labore é um direito garantido pela legislação brasileira se o administrador possui um cargo na empresa e presta seus serviços dentro dela. 

Outra justificativa é que o “salário” ou pró-labore do sócio, necessariamente, irá contribuir para o INSS e também para realizar as retenções do seu imposto de renda. Ou seja, aquele que trabalha na empresa necessita de salário para pagar os tributos de sua remuneração.

Sócio Cotista x Sócio Administrador

Sabe-se que os sócios compartilham determinado negócio ou realizam tarefas de maneira coletiva, certo? Mas qual será a diferença entre sócio cotista e sócio administrador?

O sócio administrador é aquele que tem como responsabilidade gerenciar e administrar a empresa. Ou seja, ele é o responsável por tudo que acontece dentro do empreendimento no âmbito legal. Além disso, o administrador também tem como função cuidar da rotina do negócio. 

Quanto ao sócio cotista, este não desempenhará funções dentro da empresa. Seu envolvimento na empresa diz respeito somente ao valor investido inicialmente e no direito aos lucros obtidos dentro do empreendimento.

A principal diferença em relação à remuneração nos dois casos é que o sócio administrador deve receber o pró-labore, o salário do sócio. Além disso, ele também possui direitos sobre os lucros e os saldos positivos da empresa, quando esta possuir bons resultados. 

Em contrapartida, o sócio cotista não tem direito ao pró-labore, pois não ocupa um cargo na empresa. Mas ele tem o direito a todas as divisões de lucros dentro dela, já que fez um investimento inicial de seu dinheiro e acreditou no negócio.

Como definir um pró-labore para o sócio

Não existe um valor definido, tampouco um método para se definir o pró-labore de um sócio, isso porque ele varia muito de empresa para empresa. Além disso, essa estimativa também depende da situação atual do negócio.

Logo, definir o pró-labore deve ser muito mais uma questão de acordo, equilíbrio e bom senso entre os sócios. Para determinar o “salário” ou pró-labore do sócio, é preciso pensar em alguns aspectos decisivos e importantes, como:

Valor que a sua empresa precisa para sobreviver

O primeiro aspecto a ser considerado é estipular qual o valor em dinheiro de que a sua empresa precisa para se manter funcionando. Para isso, você precisará fazer um levantamento de todas as suas despesas essenciais.

Principalmente se o seu negócio estiver começando, é preciso determinar quais gastos são desnecessários e eliminá-los. Assim, seu negócio poderá fazer economias.

Verifique se o valor para manter o seu negócio é compatível com os lucros obtidos

Agora que você já sabe de quanto precisa para manter a sua empresa funcionando, você precisa saber se este valor é correspondente aos lucros que o seu negócio vem te proporcionando.

Dessa maneira, será possível saber exatamente qual a situação financeira da sua empresa e o valor do “salário” ou pró-labore do sócio a ser pago. O mais importante é encontrar uma forma de manter as contas equilibradas.

Faça uso das distribuições de lucros

Como mencionado anteriormente, quando a sua empresa ou negócio estiver consolidado, espera-se que seja possível fazer maiores retiradas. Sabendo administrar o dinheiro do seu empreendimento é cada vez mais comum que ela apresente lucros e que esses lucros possam ser divididos. 

Vale lembrar que o lucro, primordialmente, deve possuir três destinos. O primeiro refere-se a construir um fundo de emergência caso a sua empresa passe por uma situação adversa, ou de crise.

A segunda destinação do dinheiro refere-se ao próprio reinvestimento de seu negócio. Parte do que ganhar deve ser investido na empresa para que assim ela dê cada vez mais lucros.

E por fim, somente depois de cumpridos os itens 1 e 2, é que o dinheiro deve ser retirado pelos sócios, o que nos leva ao terceiro possível destino dos lucros de seu empreendimento.

Leve em conta os preços de mercado

Para estabelecer o “salário” ou pró-labore do sócio, você pode ainda levar em conta os valores de mercado. Para isso, realize uma pesquisa de fatores como: quais serão as responsabilidades do sócio e qual é a faixa salarial do mercado atualmente.

Além disso, pense que o sócio também é um custo para empresa e logo ele deve ser considerado no momento de levantar os gastos da sua empresa. Assim, pensando nesses três aspectos, certamente será mais fácil estabelecer o pró-labore do sócio. 

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Conclusão

Espera-se que você tenha percebido que o carro chefe no que diz respeito ao pró-labore do sócio é o bom senso e o equilíbrio. De nada adiantará estabelecer um salário alto se a sua empresa não tiver condições de arcar com essa despesa.

Do mesmo modo, um salário muito pequeno ou nenhuma retirada ao mês por parte do sócio, também não resolve aspectos de ordem pessoal e organizacional da empresa. Mais uma vez, vale lembrar de que ela precisa ser o seu sustento, do contrário talvez seja melhor buscar outra solução, ou um novo negócio. 

 

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